Há três anos, a Catharina Sour foi incluída no BJCP. Cervejarias da região produzem variedades com frutas como goiaba, pêssego, morango, abacaxi, cupuaçu e lichia
O primeiro estilo brasileiro de cervejas reconhecido internacionalmente é a Catharina Sour. E, neste domingo (4), são três anos da inclusão dela no Beer Judge Certification Program (BJCP), um dos guias oficiais e internacionais que catalogam estilos de cerveja.
Entre as 12 cervejarias integrantes do Vale da Cerveja, sete produzem o estilo, somando onze rótulos no mercado. São elas:
– Balbúrdia: um rótulo com goiaba e sálvia
– Cerveja Blumenau: duas Catharina Sour em linha, com pêssego e maracujá
– Das Bier: um rótulo de morango com maracujá
– My Beer: três rótulos fixos na casa, de abacaxi com hortelã, morango com cumaru e cajá
– Segredos do Malte: uma Catharina Sour com abacaxi, outra com amora
– Schornstein: uma edição sazonal, criada em parceria com a Escola Superior de Cerveja e Malte, que leva cupuaçu
– Omas Haus: edições sazonais de Catharina Sour com lichia e outras frutas da estação
A Catharina Sour é uma cerveja refrescante, com baixo amargor, corpo leve e boa carbonatação. A graduação alcoólica vai de 4% a 5,5% e o índice de IBUs varia de 2 a 8. Entre as obrigatoriedades do estilo está a inclusão de uma fruta, de origem brasileira ou não.
História teve início em Santa Catarina
A história da Catharina Sour está muito conectada com Santa Catarina: foi no estado, em 2015, que o estilo surgiu entre os cervejeiros caseiros. Um ano depois, por meio da Associação Catarinense das Cervejas Artesanais (Acasc), eles organizaram um workshop que contou com a participação de mais de 20 cervejarias, que passaram a produzir a Catharina Sour profissionalmente.
Nos eventos cervejeiros seguintes o estilo começou a se popularizar e hoje, além de marcas de todo o Brasil, já há cervejarias de outros países da América Latina colocando as suas Catharina Sour em produção.
De acordo com Valmir Zanetti, presidente da Associação Vale da Cerveja, a Catharina Sour é um marco importante para o cenário cervejeiro nacional e que reforça o estado como polo de inovação. “Temos o privilégio de ter a cerveja na nossa história, de vivenciar a transformação pela qual este mercado está passando nos últimos anos e de propor caminhos para o futuro cervejeiro nacional. Certamente, isso é motivo de orgulho não só para quem atua no segmento, mas para toda a população catarinense”, afirma.
Sobre o Vale da Cerveja
Criada em 2019, a Associação Vale da Cerveja reúne marcas que estão localizadas nos municípios de Blumenau, Gaspar, Indaial, Pomerode e Timbó. O objetivo é ampliar a visibilidade do setor, promover o mercado regional e unir esforços para iniciativas que impactem positivamente a cadeia cervejeira na região.
Integram a associação as cervejarias Balbúrdia, Berghain, Blauer Berg, Blumenau, Container, Das Bier, Hersing, My Beer, Omas Haus, Schornstein, Segredos do Malte e Wunder Bier, além da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM).
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