Rivais na próxima sexta-feira, países também entram em campo para disputar qual o mais criativo quando o assunto é cerveja
Existe uma variedade enorme de rótulos de cerveja, estilos e ingredientes que atendem a todos os gostos e momentos: ela pode conter trigo, milho, café, gengibre, rapadura e até orégano. Cada vez mais o consumidor tem o poder para escolher aquela que agrada mais o seu paladar. E entre os países que mais apostam na criatividade cervejeira estão Brasil e Bélgica, rivais na próxima sexta-feira, 6.
Uma das escolas de cerveja mundiais que mais aposta da diversidade ingredientes é justamente a belga. São dezenas de estilos que usam centenas de ingredientes, especialmente a base de frutas e temperos. Entre os rótulos que se destacam neste aspecto está a Belle-Vue Gueuze, que é produzida com trigo, sementes de coentro e cascas de laranja secas antes da maturação em barris de carvalho. Mas, mesmo apostando na inovação de ingredientes, as cervejas belgas mantêm a linha de serem fortes no álcool e no sabor.
Quando falamos sobre o estilo brasileiro, chama a atenção a utilização das frutas características do país. Um exemplo é a Colorado Rosália, que traz a brasilidade das frutas vermelhas, como grumixama, amora do mato e cereja do rio grande, proporcionando um aroma frutado diferenciado. Outro rótulo que também demonstra a capacidade brasileira de inovar, está a Colorado Murica, elaborada à base de Graviola.
“Historicamente, a Escola Belga é, no mundo, a que mais reúne ingredientes diferentes em busca de aromas e sabores únicos. E, mais recentemente, quem tem seguido essa linha é o mercado brasileiro, muito em função da variedade de frutos e sementes existentes em toda a flora nacional”, afirma Laura Aguiar, mestre cervejeira da Cervejaria Ambev. “São sabores diferentes, mas que se unem pela criatividade”, complementa.
Abaixo mais exemplos da diversidade cervejeira de Brasil e Bélgica:
A Cerveja Belle-Vue Gueuze é uma Lambic, ou seja, o seu tipo de fermentação é feito por leveduras selvagens presentes no ambiente e que só podem ser encontradas exclusivamente na região do Vale Senne – Bruxelas. Belle Vue Gueuze tem uma mistura de safras velhas e novas, ainda em fermentação. É produzida com trigo, sementes de coentro e cascas de laranja secas antes da maturação em barris de carvalho.
A famosa belga Tripel Karmeliet é uma cerveja artesanal multigrãos do estilo Belgian Tripel fabricada a partir de uma receita original de 1679 do mosteiro carmelita de Dendermonde (Bélgica), que inclui trigo, aveia e cevada. Apresenta cor entre dourado e cobre, exuberante espuma cremosa, frutado muito presente, com nuances de banana e baunilha, além de abundantes notas cítricas e florais.
A Colorado Rosália traz a brasilidade das frutas vermelhas (grumixama, amora do mato, cereja do rio grande), adicionadas ao hibisco, flor símbolo do Havaí e Cambuci. Seu sabor leve, ácido e adocicado casa perfeitamente com o herbal proveniente do hibisco, proporcionando um aroma frutado.
A Colorado Murica une a maciez da Cream Ale (família Pale Ale) com o agridoce da Graviola, fruta que nasceu no Caribe e cresce no brasil há mais de 500 anos. Tanto, que já tem até apelido: araticum, coração-de-rainha ou jaca-do-pará, mas o nome de batismo mesmo é Annona Muricata. Assim nasceu a Cerveja Colorado Murica, mais um fruto de nossa intimidade com o Brasil.
Be the first to comment on "Brasil x Bélgica: Clássico da diversidade cervejeira"