Combate à concorrência desleal e busca de incentivos fiscais estão na pauta da nova diretoria da Abracerva

Carlo Lapolli assumiu a presidência da entidade no dia 28 de julho buscando ainda aumentar a representatividade e disseminar conteúdos técnicos para cervejarias, bares e toda a cadeia

O segmento cervejeiro no Brasil registrou um crescimento de 39,2% no número de cervejarias em 2016 e a perspectiva é fechar 2017 com mais de 500 fábricas da bebida, de acordo com um levantamento da Escola Superior de Cerveja e Malte. Unir representantes do segmento para fomentar ainda mais essa expansão é o objetivo da Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Abracerva), que elegeu no dia 28 de julho a nova diretoria.

O presidente da entidade pelo próximo biênio será Carlo Lapolli, advogado, professor da Escola Superior de Cerveja e Malte e empresário. Compõem a diretoria também: Ronaldo Flor, Marco Aurélio Piacentini, Maurício Zipf, Alberto Nascimento e Rodrigo Ferraro.

Lapolli está confiante em um período de fortalecimento da Abracerva. “Recebemos a entidade de uma gestão muito competente do Rodrigo Silveira e da sua equipe, que organizaram e reafirmaram o objetivo dela perante ao mercado. Daremos continuidade às demandas já apresentadas por eles, além de novos pleitos”, comenta.

O novo presidente aponta quatro principais frentes de atuação que pretende adotar. São elas:

1) Fomento do associativismo e representatividade local
“Como o mercado das cervejarias artesanais ainda é muito recente, temos vários empresários que não despertaram para a importância do associativismo. Vamos buscar, através do apoio e criação de associações estaduais aonde elas ainda não existem, disseminar essa cultura. Precisamos de um número mais significativo de associados para representarmos efetivamente o setor”, diz.

2) Políticas públicas para fomento do setor
Através de políticas públicas de fomento ao mercado das cervejarias, Lapolli acredita que a representatividade do segmento pode aumentar. “Além de gerar mais empregos do que as fábricas comerciais, as marcas artesanais ainda fortalecem a imagem do país, trabalham com ingredientes de qualidade e não enganam o consumidor”, acrescenta.

3) Combate a concorrência desleal
Deixar claro para o consumidor o que são cervejas artesanais e não permiti que ele seja enganado pelos grandes grupos cervejeiros quando utilizam de nomeclaturas diferenciadas para se afastarem da imagem de cerveja de massa é outro ponto. “Além disso, queremos trabalhar para coibir a prática do dumping (venda inferior ao preço de custo para ganhar clientes) e a compra de exclusividade de pontos de vendas. Nós acreditamos que quanto mais opções o consumidor tiver, mais ele poderá provar a fortalecer a cultura nacional da cerveja artesanal”, afirma.

4) Assessorias técnicas
Capacitar não só as cervejarias, mas todo o mercado, está nos planos da nova diretoria da Abracerva. Lapolli diz que a ideia é fornecer informação para que as marcas mantenham sua qualidade e outros integrantes da cadeia, como os bares, por exemplo, também tenham dados que favoreçam um produto ainda melhor chegando ao consumidor.

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