Vale da Cerveja é organizado no entorno de Blumenau (SC), Capital Brasileira da bebida, e tem visitas guiadas, cervejas premiadas, museu dedicado e única instituição de ensino superior dedicada à bebida
A primeira sexta-feira de agosto é dedicada a celebrar uma das bebidas mais amadas do mundo: é Dia Internacional da Cerveja. Criada em 2007, nos Estados Unidos, a data convida a reconhecer o papel da bebida na reunião de amigos e nas comemorações da vida. E uma região catarinense tem ainda mais motivos para comemorar: não à toa, ela é chamada de Vale da Cerveja.
Os 14 municípios localizados no Vale do Itajaí estão reunidos através de uma associação de cervejarias. A maior cidade da região é Blumenau (SC), que é reconhecida pelo Governo Federal como Capital Brasileira da Cerveja desde 2017.
As 16 cervejarias associadas realizaram uma pesquisa que aponta que, juntas, elas produzem 1,4 milhão de litros da bebida ao mês. A estimativa é que, nestas cidades, sejam mais de 40 negócios cervejeiros: desde as fábricas até brewpubs (bares que produzem seus próprios rótulos), maltearias artesanais e outros.
A presidente da associação que reúne as cervejarias, Larissa Schmitt, comenta que além do volume de produção, o que faz o Vale da Cerveja um dos principais polos do país é a história e o conhecimento disponível sobre a bebida. “O Museu da Cerveja conta a relação que os imigrantes que colonizaram a região tinham com a produção caseira da bebida e também o papel que ela tem ainda hoje na nossa realidade”, diz. “Já a Escola Superior de Cerveja e Malte é a única instituição de ensino superior dedicada à bebida na América Latina. A partir do conhecimento técnico produzido aqui, se formam profissionais que já estão fazendo a diferença no segmento em todo o mundo”, acrescenta.
Rótulos trazem prêmios e histórias
Os mais de 130 rótulos diferentes produzidos pelas 16 cervejarias do Vale da Cerveja trazem não só sabores, mas também muito reconhecimento. São mais de 250 premiações nacionais e internacionais nos rótulos produzidos.
A história do primeiro estilo brasileiro de cervejas, a Catharina Sour, também começou em Santa Catarina. Reconhecido pelo Beer Judge Certification Program (BJCP) em 2018, o estilo é resultado da troca de ideias entre cervejeiros que buscavam criar um estilo que representasse o Brasil tanto no clima (que fosse refrescante) quanto na diversidade (a Catharina Sour tem adição de frutas). Atualmente são produzidas mais de 10 receitas diferentes no Vale da Cerveja.
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