Inimiga da competitividade das fábricas de cervejas especiais, carga tributária é responsável por até 60% do preço final do produto. Marca quer a sensibilização do comprador
Até 60% do valor da cerveja artesanal que o consumidor leva pra casa quando compra uma garrafa ou lata é revertido em impostos. Para mostrar ao público o quanto este percentual é pesado para as indústrias, a Schornstein, uma das pioneiras do segmento no Brasil, estampou suas garrafas com uma régua, que aponta o volume que representa este índice. Esta semana, os lotes com esta informação, começaram a sair da fábrica.
A Schornstein tem 13 anos de mercado e fica em Pomerode (SC). A marca é comercializada em todo o país, atualmente com 17 estilos em linha. A fábrica tem capacidade produtiva de mais de 200 mil litros de cerveja ao mês.
As dificuldades com a carga tributária brasileira, de acordo com o diretor da cervejaria, Adilson Altrão, muitas vezes inviabilizam o acesso do público ao produto e a continuidade dos investimentos necessários no negócio. “É importante que o consumidor saiba que temos uma preocupação ímpar com a qualidade dos processos, insumos e profissionais envolvidos. Mas não é isso, proporcionalmente, que encarece os nossos produtos. Os impostos aplicados a cervejarias são desproporcionais e queremos sensibilizar a população sobre isso”, comenta.
Uma das pioneiras da cerveja artesanal no país, a Schornstein surgiu em 2006 na cidade mais alemã do Brasil. O nome da marca significa chaminé, uma das características do prédio onde foi fundada.
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