Atualmente tenho 67 anos, entrei no Mosteiro em 1996, aos 43 anos. Sou um sacerdote consagrado, diretor da cervejaria La Trappe de Koningshoeven, um paramédico, administrador do Mosteiro e cuido dos prédios da propriedade. Sou de uma família católica com 12 filhos e em 2019 não é comum encontrar essas grandes famílias na Holanda. Quando era jovem, trabalhei com cuidados de saúde infantil. Já tive diferentes posições durante a minha carreira, incluindo chefe de um centro de câncer. Além disso, já trabalhei no auxilio ao desenvolvimento em dois países africanos: Mali e Camarões.
Estilo de vida monástica
Minha paixão como monge é procurar uma forma de melhorar a criação de Deus. Devido à nossa convicção interior, os monges tratam o que Deus nos deu com grande cuidado: as pessoas e o meio ambiente. Por isso, dedico muito tempo e energia em projetos de sustentabilidade. As gerações futuras têm o direito de receber um mundo mais bonito e saudável. Recue e veja o que acontece – não é uma opção. É por isso que na Koningshoeven investimos muito em energia alternativa. Nossos carros são elétricos, 43% da eletricidade que precisamos se origina de nossos próprios painéis solares e recentemente nós começamos uma planta circular de purificação de água. Nós monges também temos sonhos: o meu é que até 2024 sejamos autossustentáveis de toda energia elétrica que consumimos, tanto para o Mosteiro quanto para a cervejaria.
África
Minha segunda paixão é a África. Uma de nossas filhas Monasteries é sediada em Uganda. Atualmente estamos estabelecendo um novo Mosteiro e, entretanto, também realizamos atividades para aumentar o bem-estar da população local. Por exemplo, estamos construindo um novo hospital para garantir que todas as mães e recém-nascidos recebam os melhores cuidados. As escolas primárias (educação a crianças entre os cinco e os 12 anos de idade) nas aldeias foram redecoradas com o nosso apoio e outro sonho é abrir uma escola com ensino médio.
Produto Autêntico Trapista
Minha paixão pela cerveja. Eu sou a pessoa que gosta de contar a história sobre uma tradição artesanal: produzir cerveja em um mosteiro sem um objetivo comercial. Em 1884, a qualidade da água potável era muito ruim. Era mais seguro beber cerveja do que água. Hoje em dia, a cerveja faz parte do nosso estilo de vida monástico. Nossa base era e ainda continua sendo uma austeridade monástica: produtos honestos, comércio justo e também informando as pessoas sobre os riscos do consumo de álcool. Há alguns anos eu inventei o termo “beber meditativo” (‘meditative drinking’). As nossas cervejas são únicas, autênticas e recomendadas para serem desfrutadas no momento de descanso após um dia cansativo de trabalho. E se você tiver sorte, poderá sentir a presença do Espírito Santo durante esta meditação.
Be the first to comment on "Irmão Isaac Majoor diretor da cervejaria La Trappe de Koningshoeven"