O ano de 2020 começou complicado para o mercado cervejeiro.
No início de Janeiro nos deparamos com o caso Backer que gerou desconfiança e agora, uma grande paralisação em todo o planeta por conta da quarentena recomendada para combate ao COVID-19 onde grande parte dos comércios sofrerá impacto direto com a paralisação das atividades e o mercado cervejeiro está diretamente ligado a tudo isso, e são as pequenas cervejarias as mais prejudicadas.
A maior parte do consumo de cerveja é feita em bares, pubs, eventos, festas, todas ao ar livre, que é primeira medida a ser evitada conforme protocolo apresentado pela ANS (Agência Nacional de Saúde), com isso, o consumo terá uma redução drástica por um período indeterminado e sua volta será de forma lenta, crescendo gradualmente devido às medidas adotadas. As pessoas tendem a criar hábitos que vão perdurar e o receio de sair de casa ainda vai existir mesmo com a diminuição dos casos e é aqui o ponto mais crítico.
Analisando cada formato de cervejaria temos os brewpubs, que são fábricas voltadas para produção da cerveja que será consumida naquele PUB/BAR e já possuem demanda para consumir toda a carga de produção ou boa parte dela no local, com as recomendações são os que sofrem o primeiro impacto. As cervejarias que produzem cervejas artesanais/especiais possuem pontos de vendas, participam de eventos e não vivem somente da venda de garrafas e a venda de barris consequentemente vai diminuir, mesmo que no delivery, pois aglomerações de pessoas serão evitadas como festas de aniversário, de casamento, confraternizações de empresas entre outros.
Alguns pontos de venda já começaram a se movimentar, participando de aplicativos de delivery, fazendo suas próprias entregas, cupons de desconto o que gera renda para combater essa crise, porém, analisando o lado do consumidor, esse deve sempre lembrar que as pequenas empresas dependem daquele giro diário, então a preferência por cervejas locais vai ser fundamental para essa retomada.
Com tantos impactos e adversidades resta ser resiliente para a retomada de prosperidade em um cenário que viveu nos últimos anos grandes ascensões e investimentos.
O mercado vai ter que se reinventar e agora não somente com cervejas diferentes, mas sim na sua forma de distribuição e logística para atender o cliente onde quer que seja, porque uma coisa é certa, independente do caos a cerveja sempre será uma boa companhia.
O negócio realmente ficou complicado. As vendas estão muito abaixo do que deveriam, mesmo online.
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