Referência mundial: Brasil reciclou quase 300 toneladas de latas de alumínio

Abralatas

O índice brasileiro de reaproveitamento é de 97,3%. Indústria do alumínio reconhece a importância de práticas sustentáveis

No Brasil, em 2017, de um total de 303,9 mil toneladas de latas de alumínio para bebidas, 295,8 mil toneladas foram recolhidas e recicladas, índice de reaproveitamento de 97,3%. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Assim como nos últimos 10 anos, a marca foi acima dos 90% e garantiu a manutenção do país entre os líderes mundiais de reciclagem.

O desenvolvimento sustentável promove diversos impactos positivos para o meio ambiente. A reciclagem as latinhas gera a redução de uso de energia e o consumo de recursos naturais não renováveis, como a bauxita – mineral usado para fabricação do alumínio. Além disso, as latinhas recicladas usam apenas 5% da energia que seria utilizada na produção da mesma quantidade de alumínio primário, e reduz em 95% a emissão de gases de efeito estufa.

O setor econômico também sente o reflexo das boas práticas ambientais. Milhares de empregos são gerados por todo país para catadores de materiais recicláveis. Somente na etapa da coleta da latinha, R$ 1,2 bilhão foram injetados diretamente na economia brasileira em 2017, segundo a Abralatas.

INDÚSTRIA BRASILEIRA DO ALUMÍNIO É REFERÊNCIA

Desde a década de 50, quando foi instalada no país, a indústria do alumínio é referência mundial, da extração à reciclagem, em aspectos social, econômico e ambiental. Por vir de uma matriz energética limpa e renovável e por se tratar ainda de um material que oferece possibilidade de reciclagem absoluta, no Brasil, o alumínio pode ser considerado de origem “verde”.

Integrante da comunidade da indústria do alumínio, Benjamin Sanossian, que dirige há 32 anos uma das mais tradicionais fábricas nacionais do setor, a Alumínio Globo, reforça que a consciência ambiental faz parte de diferentes processos na empresa.

“No nosso segmento, reconhecemos a importância de práticas sustentáveis. Uma das vantagens nacionais mais sustentáveis é, sem dúvida, o fato de aqui o alumínio ser produzido a partir de hidroeletricidade, uma fonte de energia limpa e renovável, o que diminui consideravelmente as emissões atmosféricas. Somando ainda o fato de o Brasil ter um dos maiores índices de reciclagem do metal no mundo, isso faz com que o alumínio produzido aqui tenha uma pegada de carbono menor que os de outros países, que, quase sempre, tem alumínio produzido a partir de fontes fosseis”, ressalta o diretor executivo.

A indústria do alumínio é fundamental para a economia brasileira. Em 2017, entre empregos diretos e indiretos, o setor gerou 414.877 oportunidades. O faturamento no ano passado foi de 65,4 bilhões, segundo a Abal. “Além de atender todos os segmentos industriais, gerar empregos, e integrar fortemente do PIB industrial, a contribuição do setor do alumínio é fundamental para um mundo que deseja o baixo carbono, amenizando os gases de efeito estufa, pensando em sustentabilidade em todos os processos”, finaliza Sanossian.

Benjamin Sanossian é empresário e atua no segmento da indústria do Alumínio. É graduado em Administração de empresas pela FMU e possui larga expertise em gestão executiva de empresas de grande porte. O especialista tem vivência na área comercial, envolvendo formação, capacitação, administração e liderança de equipes em âmbito nacional e regional. Reside em São Paulo e dirige a fábrica Alumínio Globo há mais de 30 anos.

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