Coletivos se uniram à cerveja e criaram a collab fashion “profissionais da diversão” para homenagear as pessoas que ralam para fazer um rolê melhor para todo mundo
Quem faz o rolê ser redondo? Muitas vezes esquecemos dos profissionais que ralam para que as pessoas se divirtam: seguranças, faxineiros, ambulantes e vários outros personagens são indispensáveis para garantir um rolê 10/10. No último sábado, essas pessoas ganharam destaque e viveram um dia de modelo na apresentação da collab fashion “Profissionais da Diversão”, desenvolvida por coletivos criativos da periferia de São Paulo em parceria com SKOL.
Esta criação é o resultado tangível do projeto Roda do Corre, iniciativa de SKOL que conecta jovens e proporciona rolês criativos na periferia. Ao lado dos coletivos Visionárixs da Quebrada e Favela Business, o Projeto PIM (Periferia Inventando Moda) de Paraisópolis, a Produtora Bem Bolado de Heliópolis e a Gleba do Pêssego do Grajáu, a cerveja vem promovendo encontros desde janeiro de 2019 para fomentar a criatividade nessas comunidades.
Com o mote ‘colar no rolê é legal, mas criar o rolê é muito mais’, a Roda do Corre foi um dia inteiro com programação cultural gratuita no Capão Redondo. Além de exposições, oficinas, atrações musicais como Negra Li, Baile do Mano DJ, MC 2K, Helipa LGBT e Samba da Fundão animaram o sábado. O grafiteiro BNE, responsável por diversos trabalhos ao lado dos Racionais MC, também criou um mural para a comunidade. A cerveja providenciou transporte para quem quisesse curtir o rolê: uma van gratuita fez o itinerário metro Capão Redondo-Bar da Fundão durante todo o dia.
O Projeto PIM, idealizado pelo estilista Alex Santos, foi responsável pelas 20 peças exclusivas e também pelo casting, formado por moradores da comunidade e pessoas que “fazem o rolê”. “O mais legal da Roda do Corre foi essa troca de conhecer novos projetos. Eu não conhecia os outros coletivos e vi que temos as mesmas dificuldades e a mesma luta”, disse Alex. As peças serão vendidas pelo PIM e a renda será revertida para o próprio coletivo.
A música do evento ficou por conta da Produtora Bem Bolado, projeto comandado por Mano DJ, nome por trás dos estúdios responsáveis por lançar novos gêneros e expoente de nomes do funk em São Paulo. “O mais importante desse projeto é a união de todos. Você se unir por uma causa, juntar diferentes coletivos em prol de um projeto final”, comentou Mano.
Caroline Santos, da Gleba do Pêssego, é a responsável por um fashion film que será lançado até o final do mês, contando todo o processo de criação até o produto final apresentado no sábado. “O principal desse projeto é valorizar quem está ‘no corre’ mesmo. Tem muita gente fazendo esse processo e isso é muito importante. Dar voz para essas pessoas, espaço e oportunidade é o mais importante”, disse Caroline.
SKOL pretende levar o formato que fez sucesso em São Paulo para outras cidades no Brasil. Para mostrar como foram esses últimos meses da iniciativa na capital paulista, os jovens usaram uma conta no Instagram @RodadoCorre, na qual é possível acompanhar todo o processo criativo envolvido no projeto.
“A Roda do Corre é um projeto de comunidade. Em todos sentidos. Uma relação legítima entre pessoas, seu território e uma marca querida por eles. Nossa intenção é estar cada vez mais presentes na vida desses criadores e dar ferramentas para fomentar o cenário cultural nesses lugares”, comenta Maria Fernanda de Albuquerque, diretora de marketing de SKOL.
Assista aqui ao vídeo do que rolou no último domingo:
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